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quarta-feira, 13 de julho de 2011

Desejos alheios da realidade

Para ler ao som de “Only Hope”






































Não sei de onde eu tiro
Essa minha mania de
Sempre trocar os pés pelas mãos.
Essa minha inconstante
Certeza de sempre fazer a coisa errada.
Essa explosão de sentimentos e sentidos
Que se tornou o meu cérebro.
Espero muito do ser humano,
Sempre me esqueço que ele
Também é racional e
Dia menos dia vai errar e me magoar também.
É como um clone dos meus piores desejos.
Tiro essa força de viver
Das pessoas que me cercam
Mesmo que elas não entendam isso,
Não entendam esse amor que muitos acham exacerbado.
Poderão dizer até que é um
Objeto de possessão
Como se meus pensamentos
Fossem alheios a realidade pela qual transito.
Nunca deixarei de amar,
Pelo simples fato de o meu amor
Não ser reconhecido pelos meus.
Na realidade a palavra AMIGO diz muito
Mais sobre mim
Do que uma noite fria cinza e chuvosa
Pode falar sobre nós dois.

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Da vida sem métrica




Para ouvir ao som da música “Saudade” de Marcelo Camelo


Hoje estou me sentindo como uma música triste... Lenta.
Nos dias de chuva meu coração fica molhado
E minha mente obscura como as nuvens do céu.
Sou o violão sendo dedilhado com força.

Não espero mais nada das pessoas,
Não espero que me retribuam o que lhes dou.
Vivo da minha consciência e só posso
Admitir que como uma pessoa que perde
Perco a cada segundo que meus olhos
Enxergam um olhar de reprovação.

Não estou escrevendo para cobrar nada a ninguém,
Nem mesmo atenção.
A única certeza que posso ter dessa vida
É a minha solidão... Companheira mais sincera.
Às vezes penso no que vai ficar de mim...
Tenho medo de ser apenas chuva passageira
Na cabeça das pessoas que amo ou que um dia amei.
Tenho medo de não ser... Amado.

Essa música não sai da minha cabeça,
Sua melodia inferniza o meu coração,
E a sua saudade me faz refletir sobre a poeira do tempo
Que está no meu cérebro e eu não consigo varrer
Para longe de mim.

Acho que por muito tempo vivi a vida dos outros
Que de tanto me doar
A minha vida própria de estagnou.

Se pudesse escolher não viveria num mundo de incertezas
Onde a lei da maldade é o que impera.
Queria viver num mundo onde a lei seria amar
Amar incondicionalmente...
Amar...
Como se o amor fosse um cristal muito caro
E por isso fosse um perigo muito sério deixá-lo cair no chão.

Sinto ter que escrever, pois com certeza alguém vai ler
Essas palavras que deveriam ficar guardadas nas gavetas
Das poesias não escritas de minhas mãos sem digital.


Não consigo entender o ser que sou
E entender porque mesmo feliz triste eu sou.
É duro ter que colocar a cabeça no travesseiro com
A certeza de que no dia seguinte eu vou acordar.
E por mais que minhas frases sejam soltas e não tenham uma métrica
Cansei de ouvir que frases feitas não vão mudar o mundo.
Então só posso mudar o que penso e tentar...
TENTAR mudar o que apenas posso consertar.

Nesses dias de chuva só posso consertar
O concerto triste que habita meu coração
E me faz pensar no cérebro como algo que tem RAZÃO.