
Eu bebo para ficar alegre.
Eu bebo para ficar triste.
Eu bebo para poder te ver.
Eu bebo para poder gritar,
para poder te enxergar,
te amar e me deixar.
Eu bebo para me salvar.
Eu bebo para me mostrar
e assim te mostrar
o que realmente tem sentido.
Pena que isso não sirva para nada;
você não serve de nada.
Eu choro para ficar alegre.
Eu choro para ficar triste.
Eu choro para poder te ver.
Eu choro para poder gritar.
E no depressivo do momento,
no rio das lagrimas de minhas lamentações,
eu estarei lá de mãos dadas com a morte
sempre amiga e serpente.
Eu sofro para chegar até você
Eu sofro para você me amar de novo.
Eu sofro para lembrar que amei você.
Hoje é o dia.
Chego ao rio.
Ela me espera.
Ela me olha.
Eu a olho.
Nós nos olhamos.
Ela me pega em seu colo,
me leva para dentro do rio.
Eu a beijo no rosto.
Ela me suga a língua.
Eu mordo seu lábio.
Ela me joga no rio.
Eu bebo.
Eu choro.
Eu sofro.
Eu morro.
Por você!
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirAdorei. Compactuo bastante com essa simetria, e principalmente com essa ciclicidade dentro do poema. Vira e mexe essas formas me permeiam a mente... Adorei mesmo! Vida longuíssima a ti.
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