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terça-feira, 3 de maio de 2011

Poesia




Só posso me defender com palavras,
Logo quero ser poeta,
Escrever frases feitas, porém perfeitas
Dentro do meu coração.
Quero ser poeta de um mundo solitário
De poesias inconstantes.
Quero ouvir minhas palavras
Saindo da tua boca.
Esse amor é feito navalha cortando meu peito,
Deixando-o como um espelho
Que se quebrou... Pedaços.
Apenas o que sinto agora
É um sentimento de liberdade
Por isso estou apenas tentando viver
Para correr contra o vento e num dia de chuva
Sentir sua água passeando sobre a minha pele
Como se fosse as suas mãos transitando em meu corpo.
Isso é sonho e tudo o que é sonho e meu, pois
As palavras se vão com o tempo...
Não sou poeta!
Sou um escritor dos meus pensamentos
Escrevo inspirado em alguém;
Sou apenas humano, já me perdi do Ser
Mas ainda acredito no que posso vir a ser.
Vivo então tentando,
Não ser o melhor do mundo... Mas do infinito.
Infelizmente sou finito... Um átomo.
Sou pequeno por fora, mas sinto a grande importância
Que represento para mim mesmo por dentro.
Não, não quero ser eternamente correto,
Quero ser politicamente poético.
A minha poesia sou eu
Transcrito letra por letra
Numa folha de papel, antes em branco,
E agora serve de rascunho para o
Ballet dos meus pensamentos.
Sou poeta porque quero ser,
Nasci para poetizar o mundo.
Apenas a poesia poderá concertá-lo.
Sou uma angústia em forma de correção.
Amo sempre o que é longe e escuro,
Exatamente o que sou?
Sou um poeta do amor,
Escrevo sempre pela dor da espera.
Espero tanto que me dá medo
De nunca encontrar a poesia certa
Para rimar com o meu coração.
Amo a poesia porque amo a flor
Amo a dor
Amo essa espera.
Sou poeta do mundo,
Onde as letras se perderam
Onde alguém as encontrou.
Sou poeta onde o rio corre contra a maré
E me leva para longe dos meus versos
Das minhas frases irônicas.
Um dia vou encontrá-las de novo
E aí serei poeta das minhas próprias poesias.

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