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terça-feira, 14 de junho de 2011

PONTO FINAL.




Para ouvir ao som de Ângela Rô Rô


Tudo na minha vida é muito intenso,
E por essa intensidade toda,
Torna-se um pouco cruel e devastador
Pensar em felicidade.
Acho que vou com muita sede ao pote,
Mas às vezes me esqueço que o meu próprio pote
É raso demais para absorver tudo o que querem me dar.
Hoje estou jogando muita coisa pra fora de mim,
Fazendo uma limpeza mesmo
Varrendo pra debaixo do tapete da alma
Um pouco de carinho, de afeto, de esperança, de palavras, de amor...
Escrevo o que as pessoas não gostariam de ler,
Escrevo como se fossem quebrar os meus dedos e aprisionar os meus sonhos.
Minhas palavras caem em cima das pessoas,
Como um turbilhão de pensamentos incansáveis.
Como fazer dessas frases soltas
Algo construtivo, ser um humano construtor de
Emoções, que a flor da pele fariam de você
A pessoa certa para estar ao meu lado.
Isso é loucura de jogar nas pessoas
As coisas que eu gostaria de gritar
É como um cancro devastador
De um câncer maligno que nunca vai melhorar.
Sou um ser humano feito de palavras e amor
Sou um pensador que vive das esperanças ocultas
De alguém que sabe o gosto de tentar e conhece
O sabor amargo de ter que desistir.
Quero apenas poder dizer que amor
É feito violão sendo dedilhado
Pelas mãos do autor de uma canção
Onde cada nova sensação vira nota
Escandalizada pela sinfonia da ilusão.
Todos nós somos poetas de um mundo devastado,
Sombras de alguém que já venceu.
Eu não gosto de nada...
Não gosto de ter que virar a cara para
Reverenciar as conveniências repletas de maus tratos
De quem nem senso tem.
Nesse caso nem eu...
Hoje sou uma página em branco
Sublinhada de títulos provisórios
Que em suas entrelinhas,
Só se escreverão frases de rancor, dor e ódio.
Não adianta poetizar o mundo e todos os dias trair as pessoas.
Ponto final.

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