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sexta-feira, 17 de junho de 2011

Poesia das coisas soltas de um poema sem dor



Quando dei por mim já tinha sido jogado aqui,
Sugado pelas coisas,
Inebriado por suas pernas como paisagem.
Era como se todos os olhos estivessem com suas retinas
Pairando sobre meu rosto que
Também olhava fixamente para um ponto distante daqui
Desse futuro medonho, estranho e quase interminável.
Sou de uma solidão tão inconstante
Que dos cantos onde guardei o mundo
Só restou a poeira da minha fatigada dor.
Seguro o peso do mundo sobre minhas costas
E ele nem paga o aluguel.
O que enxergo é algo que as pessoas não podem ver
Meu sentimento é escrotamente intenso,
Não sou vulnerável e nem minto o que não se pode ser omitido.
Desejo apenas um mundo confiável,
Uma pessoa de portas, mentes e corpo aberto.
Além disso, quero ser como a brisa leve do vento,
Uma dose forte de conhaque,
E ter a força de um espumante para continuar sobrevivendo...
E bebendo...
E sonhando...
E amando...
E amargando...
E beijando...
E correndo...
E me conhecendo!

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